Pedras no caminho: obras de macrodrenagem e risco de alagamentos com a proximidade de chuvas preocupam Ferraço

Política

O prefeito eleito de Cachoeiro de Itapemirim, Theodorico Ferraço (PP), expressou grande preocupação com o andamento das obras de macrodrenagem no município, principalmente com a proximidade do período de chuvas e o risco de alagamentos na região central da cidade.

Nesta quinta-feira (21), Ferraço entrou em contato com o prefeito Victor Coelho (PSB) para alertá-lo sobre o risco de alagamentos no bairro Guandu, especialmente no trecho entre a antiga estação ferroviária e a rua César Misse, próximo ao antigo Shopping Popular. O problema está relacionado à falta de interligação da rede de drenagem, que não foi concluída devido à presença de rochas no subsolo, onde devem ser instaladas as manilhas.

Reunião entre Ferraço e o engenheiro José Santiago

“A situação é preocupante, especialmente com a chegada da temporada de chuvas. Precisamos garantir que as obras avancem sem mais atrasos para evitar transtornos à população. A interligação das redes de drenagem, principalmente na área do Guandu, é uma prioridade, e estou acompanhando de perto o andamento das obras para que não haja surpresas negativas”, afirmou Ferraço.

Em resposta, o prefeito Victor Coelho colocou sua equipe à disposição para esclarecer o andamento das obras. Nesta sexta-feira (22), o engenheiro José Santiago, integrante da equipe de transição de Ferraço, visitou o local acompanhado do secretário de Obras, Rodrigo Bolelli, outros membros da pasta e do representante da empresa R&R Engenharia, responsável pelos trabalhos.

Intervenção no Nova Brasília

A visita teve início no bairro Nova Brasília, nas proximidades da Praça do Rotary. A equipe de Obras informou que, entre a praça e o Supermercado Molina, será necessário abrir a Avenida Etelvina Vivácqua para a implantação de uma caixa de amortecimento da água. De acordo com o secretário Bolelli, essa estrutura tem como objetivo reter a água das chuvas vindas do bairro São Francisco de Assis, evitando que a avenida seja alagada.

Contudo, a obra no local só será iniciada após a conclusão das intervenções no Centro. O prazo de execução ainda não foi definido, mas a estimativa é que dure cerca de dois meses, com interdição da via na altura da Praça do Rotary. A solução para minimizar os transtornos seria o início imediato da segunda fase das obras de macrodrenagem, que vai da Linha Vermelha, no bairro Zumbi, até o bairro São Francisco de Assis, logo após a finalização da primeira etapa.

O secretário de Obras afirmou que a segunda etapa está orçada em R$ 65 milhões e que o governador Renato Casagrande (PSB) teria se comprometido a liberar o recurso após a conclusão da primeira fase. “No projeto inicial, a caixa de amortecimento não estava prevista, mas decidimos incluí-la por precaução. Se a segunda fase começar logo, a rede do São Francisco poderá ser interligada na Linha Vermelha, o que eliminará a necessidade de intervenção na Etelvina Vivácqua”, explicou Bolelli.

Conclusão de muro na Linha Vermelha

Outro ponto visitado pela equipe de transição foi a Linha Vermelha, onde ainda falta a conclusão de um muro na divisa com o terreno do Hortifruti. O muro não foi finalizado devido ao atraso na troca da rede de energia pela EDP, que tem dificultado o avanço da obra. O trecho de aproximadamente 30 metros necessita da implantação de um ramal de manilhas de 3 metros de largura por 3 metros de altura, parte da rede de drenagem composta por manilhas de 6 metros de largura por 3 metros de altura.

Embora a obra esteja paralisada, a expectativa é que ela seja retomada em breve, assim que a EDP concluir a remoção dos postes e a troca da fiação.

Rede no Guandu e pedras no caminho

A principal preocupação de Ferraço está com o risco de alagamentos no bairro Guandu, onde a rede de drenagem ainda não foi interligada devido à presença de pedras no subsolo. Durante a visita ao local, constatou-se que não havia movimentação de trabalhadores para a remoção das rochas.





De acordo com o representante da R&R Engenharia, pelo menos oito empresas estiveram no local para fazer orçamentos, mas muitas desistiram por se tratar de um trabalho pequeno. No entanto, uma empreiteira já foi contratada e está providenciando o deslocamento dos equipamentos para iniciar a remoção das pedras. Tanto o empreiteiro quanto o secretário de Obras garantiram que as interligações na região serão concluídas até o dia 31 de dezembro deste ano, restando apenas o calçamento para liberar a via após essa data.

Risco de inundações

Atualmente, a rede de drenagem do bairro Guandu é responsável por escoar as águas das chuvas dos bairros Zumbi e Recanto. Em fevereiro deste ano, após uma forte chuva, o bairro Guandu foi inundado, e um piscinão se formou na Linha Vermelha, alagando comércios na área. Em resposta a esse evento, duas redes menores, conhecidas como ladrão, foram instaladas para desviar a água das chuvas para o Rio Itapemirim pelas ruas César Misse e Pedro Dias.

Alagamento no Guandu durante chuvas em fevereiro de 2024

De acordo com o secretário de Obras, chuvas de intensidade semelhante à de fevereiro não causariam alagamentos na região, mas em casos de volumes maiores de precipitação, ainda há risco de transtornos, especialmente para os comerciantes locais.

Previsão de conclusão das obras

Após a reunião entre a equipe de transição de Ferraço, representantes da Prefeitura e da empresa responsável pelas obras, ficou claro que a conclusão das obras de macrodrenagem só deverá ocorrer no próximo ano, mas sem uma data prevista, já que podem ocorrer contratempos relacionados às condições climáticas.

O post Pedras no caminho: obras de macrodrenagem e risco de alagamentos com a proximidade de chuvas preocupam Ferraço apareceu primeiro em Notícias do ES.

Fonte: Notícias do ES

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *